quarta-feira, março 21, 2007

O auto-conhecimento

"Conhecermo-nos a nós mesmos nem sempre é tarefa fácil... Quase sempre é mais fácil reconhecer nos outros qualidades e defeitos do que em nós mesmos. A dificuldade acresce porque mudamos em função das experiências e situações de vida, e temos que nos reconhecer constantemente ao longo do nosso percurso de vida. Mas não podemos estar bem com os outros, se não nos conhecermos e não estamos bem connosco próprios! O auto-conhecimento resulta desta capacidade em nos conhecermos e nos aceitarmos como somos, motivados para rentabilizar os nossos pontos fortes, e para crescermos e mudarmos quanto aos pontos menos positivos. Só assim construiremos relações humanas fortes e sólidas. O auto-conhecimento é, enfim, a tradução do nosso desenvolvimento pessoal e social, que nunca é um processo acabado..." (LD, 2º E.T.)

Há momentos da vida que são verdadeiramente misteriosos... Quando às vezes pensamos que a vida se está a desmoronar, eis que de uma forma mágica Alguém nos mostra um novo caminho... Não é necessariamente um novo caminho, pois, Ele apesar de nos permitir o livre arbítrio, já sabia que tomaríamos aquele "novo rumo". Por vezes até parece que brinca connosco, outras vezes apercebemo-nos que isso faz parte do nosso crescimento e aceitamos com confiança esse "novo caminho"!

E foi assim que, há uns meses atrás, conheci um livro que deitou por terra quase todas as ilusões de uma vida. O próprio título era lapidar: "Não Há Soluções, Há Caminhos". Soluções? Então não haveria soluções, melhores ou piores, para tudo ou quase tudo na vida?

Parando para reflectir, nada é assim! Quando acontecimentos maus nos tocam à porta só temos que os enfrentar com determinação e confiança Nele. Por vezes esperamos por soluções milagrosas, que nos façam retornar ao velho caminho que tão bem conhecíamos, às nossas confortáveis rotinas, enfim, ao nossos sedentarismos e cinzentismos! Então levamos um abanão de tal forma que acordamos e, quando damos por isso, eis que estamos num caminho estranho com novas formas e cores, e ao mesmo tempo tão assustador. Confesso que era assim que me sentia...

Perguntava-me "porquê", quando me deveria ter questionado com o "para quê"...
Quando nos deixamos de perguntar "porquê" e passamos a questionar "para quê", livramo-nos de um peso brutal que carregávamos nas nossas costas. Com esta nova forma de nos questionarmos, torna-se mais fácil encarar a vida... e o "novo caminho" abre-se de par em par com um matizado de cores cada vez mais fascinantes.

E foi aí que se foi redesenhando algo que ansiava há muito e nunca havia tido a oportunidade de concretizar... Estar ao serviço Dele, mas de uma forma mais comprometida. Iniciei então uma caminhada (longe de estar acabada) que me trouxe até ao fim-de-semana passado e que possibilitou a minha auto-redescoberta! Já como dizia o texto que nos foi entregue no Encontro Temático: "(...) não podemos estar bem com os outros, se não nos conhecermos e não estamos bem connosco próprios! O auto-conhecimento resulta desta capacidade em nos conhecermos e nos aceitarmos como somos (...)"



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