Ontem assisti no CUPAV a uma conferência maravilhosa do Pe. Nuno Tovar de Lemos. Apesar da hora tardia, conseguiu prender-me a atenção do princípio ao fim, pois o Pe. Nuno é um excelente orador (conversador) com um estilo sereno, agradável e muito próprio de falar. O tema também era interessante e versava sobre o papel dos leigos (em geral) na Igreja dos novos tempos. Muitas foram as histórias deliciosas com que o Pe. Nuno presenteou os presentes, mas atrevo-me a realçar a que mais me tocou...
Havia uma aldeia (julgo que na Índia) em que eram realizadas umas celebrações religiosas por um guru e em que todas as pessoas dessa aldeia estariam presentes. Por ocasião de uma dessas celebrações apareceu um gato preto que incomodava os presentes com o seu miado e que se enroscava nas pessoas impedindo-as de prestarem atenção. Como isto se foi tornando habitual, foi decidido pelo guru que o gato seria preso num local afastado da aldeia de forma a que não incomodasse as pessoas durante essas celebrações.
Com o passar do tempo, as pessoas (por motivos diversos) foram sendo substituídas por outras e ao fim de algum tempo até o próprio guru já não era o mesmo. Ou seja, da população original da aldeia já não havia ninguém. Entretanto o gato morre, e as pessoas achando que era uma tragédia e para não ofenderem o(s) deus(s) resolvem substituir o gato preto finado por um outro... E isto, sem nunca terem sabido da razão pela qual estaria aquele gato preto preso...
E nós na nossa vida quotidiana, também temos muitos gatos pretos que seria muito importante erradicar...
E como dizia alguém: "Já agora... vale a pena pensar nisto!"
Rui
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