domingo, abril 29, 2007

Olhares

Há olhares aos quais não ficamos indiferentes...

"Neizinho" - Ricardo Alfredo Santos
in www.olhares.com


"Ela" - Marta Azevedo
in www.olhares.com


"Luz do Céu" - Marta Azevedo
in www.olhares.com

A Janela


"A janela: não é onde a casa sonha ser mundo?"


in "Estórias Abensonhadas"
Mia Couto (1994)

foto: "Forja do Ferreiro"
Rui C. (2006)

Patience

Ultimamente dá-me para colocar aqui umas músicas...
Às vezes sinto que me exprimo melhor desta maneira!
(Parece que os "rapazes" de Manchester estão em grande...)



Just have a little patience,
Still hurting from a love I lost,
I’m feeling your frustration,
but in any minute all the pain will stop,
just hold me close inside your arms tonight,
don’t be to hard on my emotions.

Cause I, need time,
My heart is numb has no feeling
So while I’m I’m still healing
Just try, and have a little patience
I really wanna start over again
I know you wanna be my salvation
The one I can always depend
I’ll try to be strong, believe me I’m trying to move on
Its complicated to understand me,

Cause I, need time,
My heart is numb has no feeling
So while I’m I’m still healing
Just try, and have a little patience yeah
Have a little patience yeah.

Cause the scares run so deep,
its been hard but I have to believe
have a little patience
have a little patience

Cause I, need time,
My heart is numb has no feeling
So while I’m I’m still healing
Just try, and have a little patience
Have a little patience

My heart is numb has no feeling
So while I’m still healing
Just try, and have a little patience


Patience
Take That (2006)

quarta-feira, abril 25, 2007

Ne Me Quitte Pas



Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit deja
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheur
Ne me quitte pas (4 X)

Moi je t'offrirai
Des perles de pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'apres ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine
Ne me quitte pas (4 X)

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racont'rai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer
Ne me quitte pas (4 X)

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas
Ne me quitte pas (4 X)

Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
À te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas (4 X)


Jacques Brel

La mer

Há músicas que nos fazem sonhar...



La mer

La mer
Qu'on voit danser le long des golfes clairs
A des reflets d'argent
La mer
Des reflets changeants
Sous la pluie

La mer
Au ciel d'été confond
Ses blancs moutons
Avec les anges si purs
La mer bergère d'azur
Infinie

Voyez
Près des étangs
Ces grands roseaux mouillés
Voyez
Ces oiseaux blancs
Et ces maisons rouillées

La mer
Les a bercés
Le long des golfes clairs
Et d'une chanson d'amour
La mer
A bercé mon coeur pour la vie


Charles Trenet

Liberdade

PORTUGAL LIBERTADO


Em meio século subjugado
Por tenebroso fascismo
Portugal foi mergulhado
No mais negro obscurantismo
Acrescendo às desventuras
«Pides» prendiam, matavam
Usando incríveis torturas
Aos que mudos não ficavam.
E fugindo ao cativeiro,
À fome e à guerra imperante
Se espalhou p’lo orbe inteiro
Um Portugal emigrante.
Mês se se sufoca a fala
Do protesto e indignação
Dentro d’alma ninguém cala
A voz de quem tem razão.
Dia após dia, hora a hora
A nossa gente ansiava
Ver raiar a nova aurora
Em que já não fosse escrava!
Deu flor a velha raiz:
E eis que heróis, de fronte erguida
Reconquistaram ao País
A dignidade perdida
Com coragem abnegada
E ânimo varonil
Abriram a madrugada
Do 25 de Abril!
Em denodado valor
Honraram as suas fardas
E com a vermelha cor
Dos cravos nas espingardas
Granjearam-nos o respeito
Do mundo, à volta de nós
Ao destroçar do conceito
Do «orgulhosamente sós»…
Demonstraram à evidência
O que somos e valemos
E esse alerta de consciência
Nunca mais o esqueceremos.
CAPITÃES DE ABRIL: A História
Pelos séculos vindouros
Perpetuará vossa glória
E vos coroará de louros,
E em grata emotividade
Nessa lusitana terra
Sempre o vosso nome há-de
Estar ligado a quanto encerra
A palavra: LIBERDADE!


Maria Amélia Carvalho de Almeida
(n. 03-12-1906)

Poema premiado no Concurso de Poesia
de Santiago do Cacém (1984)

segunda-feira, abril 23, 2007

Um "Bom Feeling"...

Um "Bom Feeling"...

quinta-feira, abril 19, 2007

Uma reflexão



Calvin:
Olha para aquelas estrelas todas! O universo extende-se infinitamente e por todo o sempre.

Hobbes:
Coisas como esta fazem questionar-te porque o homem se julgará tão fantástico.

Calvin:
Por isso é que ficamos em casa, com os electrodomésticos.


quarta-feira, abril 18, 2007

A Felicidade


Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a gota
De orvalho numa pétala de flor
Brilha tranqüila
Depois de leve oscila
E cai como uma lágrima de amor

A felicidade do pobre parece
A grande ilusão do carnaval
A gente trabalha o ano inteiro
Por um momento de sonho
Pra fazer a fantasia
De rei ou de pirata ou jardineira
Pra tudo se acabar na quarta-feira

Tristeza não tem fim
Felicidade sim

A felicidade é como a pluma
Que o vento vai levando pelo ar
Voa tão leve
Mas tem a vida breve
Precisa que haja vento sem parar

A minha felicidade está sonhando
Nos olhos da minha namorada
É como esta noite, passando, passando
Em busca da madrugada
Falem baixo, por favor
Pra que ela acorde alegre com o dia
Oferecendo beijos de amor

A felicidade é uma coisa boa
E tão delicada também
Tem flores e amores
De todas as cores
Tem ninhos de passarinhos
Tudo de bom ela tem
E é por ela ser assim tão delicada
Que eu trato dela sempre muito bem


Vinicius de Moraes

terça-feira, abril 17, 2007

Gatos pretos


Ontem assisti no CUPAV a uma conferência maravilhosa do Pe. Nuno Tovar de Lemos. Apesar da hora tardia, conseguiu prender-me a atenção do princípio ao fim, pois o Pe. Nuno é um excelente orador (conversador) com um estilo sereno, agradável e muito próprio de falar. O tema também era interessante e versava sobre o papel dos leigos (em geral) na Igreja dos novos tempos. Muitas foram as histórias deliciosas com que o Pe. Nuno presenteou os presentes, mas atrevo-me a realçar a que mais me tocou...

Havia uma aldeia (julgo que na Índia) em que eram realizadas umas celebrações religiosas por um guru e em que todas as pessoas dessa aldeia estariam presentes. Por ocasião de uma dessas celebrações apareceu um gato preto que incomodava os presentes com o seu miado e que se enroscava nas pessoas impedindo-as de prestarem atenção. Como isto se foi tornando habitual, foi decidido pelo guru que o gato seria preso num local afastado da aldeia de forma a que não incomodasse as pessoas durante essas celebrações.

Com o passar do tempo, as pessoas (por motivos diversos) foram sendo substituídas por outras e ao fim de algum tempo até o próprio guru já não era o mesmo. Ou seja, da população original da aldeia já não havia ninguém. Entretanto o gato morre, e as pessoas achando que era uma tragédia e para não ofenderem o(s) deus(s) resolvem substituir o gato preto finado por um outro... E isto, sem nunca terem sabido da razão pela qual estaria aquele gato preto preso...

E nós na nossa vida quotidiana, também temos muitos gatos pretos que seria muito importante erradicar...

E como dizia alguém: "Já agora... vale a pena pensar nisto!"


Rui

domingo, abril 15, 2007

Se Eu Pudesse


Se eu pudesse trincar a terra toda
E sentir-lhe um paladar,
Seria mais feliz um momento...
Mas eu nem sempre quero ser feliz.
É preciso ser de vez em quando infeliz
Para se poder ser natural...

Nem tudo é dias de sol,
E a chuva, quando falta muito, pede-se.
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva...

O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
E quando se vai morrer, lembrar-se de que o dia morre,
E que o poente é belo e é bela a noite que fica...
Assim é e assim seja...


Alberto Caeiro (Fernando Pessoa)

"Guardador de Rebanhos"

Dez preceitos de serenidade

"Jardim dos Poetas" (Van Gogh)

Só por hoje tratarei de viver exclusivamente este dia, sem querer resolver o problema de minha vida, todo de uma vez.

Só por hoje terei o máximo cuidado com o meu modo de tratar os outros: delicado nas minhas maneiras, não criticarei ninguém, não pretenderei melhorar nem disciplinar ninguém a não ser a mim.

Só por hoje sentir-me-ei feliz com a certeza de ter sido criado para ser feliz, não só no outro mundo, mas também neste.

Só por hoje adaptar-me-ei às circunstâncias sem pretender que as circunstâncias se adaptem a todos os meus desejos.

Só por hoje dedicarei dez minutos do meu tempo a uma boa leitura, lembrando-me de que assim como é preciso comer para sustentar o meu corpo, assim também a leitura é necessária para alimentar a vida de minha alma.

Só por hoje praticarei uma boa ação sem contá-la a ninguém.

Só por hoje farei uma coisa de que não gosto, e se for ofendido em meus sentimentos, procurarei que ninguém o saiba.

Só por hoje far-me-ei um programa bem completo do meu dia. Talvez não o execute perfeitamente, mas em todo caso vou fazê-lo. E guardar-me-ei bem de duas calamidades: a pressa e a indecisão.

Só por hoje ficarei bem firme na fé de que a Divina Providência se ocupa de mim mesmo como se existisse somente eu no mundo, ainda que as circunstâncias manifestem o contrário.

Só por hoje não terei medo de nada. Em particular, não terei medo de gostar do que é belo e não terei medo de crer na bondade.


Papa João XXIII


quinta-feira, abril 12, 2007

Ovos e Coelhos da Páscoa

Decorreu em grande animação no passado dia 6 de Abril a I Gala dos Pequenos Pintores de Ovos da Páscoa, tendo uma participação entusiástica de coelhos de várias proveniências...

Aqui se reproduzem os vencedores (todos venceram) com os seus ovos premiados!
Da esquerda para a direita, quatro das várias obras de arte: o "Sonho Cor-de-Rosa", o "Picasso, em Período Incerto", o "Pedrito Coelho e as Cenouras" e o "Smile Linguarudo".


Parabéns a todos nós!!! Eh! Eh!

Rui

terça-feira, abril 10, 2007

É Páscoa


A Páscoa é
Uma Festa divertida
Porque damos
Guloseimas uns aos outros.

Mas não pode ser
Muitas guloseimas
Porque há pessoas
Que estão sem comer.

Com as pessoas que
Estão sem comer,
Devíamos partilhar
Muita comida com elas.

Também este tempo
Tem mais significado.
Uma coisa é que
Jesus ressuscitou.

E o JESUS dá
O possível de comida
Aos pobrezinhos
Que é o Pão e o Vinho.

Mas essas pessoas
Podem ter mais comida,
Dinheiro e roupa,
Que Jesus dá.

Inês C. (8 anos)
2007-04-08



Obrigado Inês, por me mostrares o que é a simplicidade dum pequeno grande coração.

quinta-feira, abril 05, 2007

Prefiro rosas


Prefiro rosas, meu amor, à pátria,
E antes magnólias amo
Que a glória e a virtude.

Logo que a vida me não canse, deixo
Que a vida por mim passe
Logo que eu fique o mesmo.

Que importa àquele a quem já nada importa
Que um perca e outro vença,
Se a aurora raia sempre,

Se cada ano com a primavera
As folhas aparecem
E com o outono cessam?

E o resto, as outras coisas que os humanos
Acrescentam à vida,
Que me aumentam na alma?

Nada, salvo o desejo de indiferença
E a confiança mole
Na hora fugitiva.


Ricardo Reis (Fernando Pessoa)

terça-feira, abril 03, 2007

Estado de espírito

Há alturas assim...
Em que nem em palavras se consegue descrever um estado de espírito ... às vezes basta uma música e hoje sinto-me assim!



Música: Sue Aston - Cornwall
(celticcornwall)

segunda-feira, abril 02, 2007

Angel

Uma música bonita, cantada por uma mulher bonita, com uma voz... de anjo!



Música: Sarah McLachlan


Spend all your time waiting
For that second chance
For a break that would make it okay
There’s always one reason
To feel not good enough
And it’s hard at the end of the day
I need some distraction
Oh beautiful release
Memory seeps from my veins
Let me be empty
And weightless and maybe
I’ll find some peace tonight

In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there

So tired of the straight line
And everywhere you turn
There’s vultures and thieves at your back
And the storm keeps on twisting
You keep on building the lie
That you make up for all that you lack
It don’t make no difference
Escaping one last time
It’s easier to believe in this sweet madness oh
This glorious sadness that brings me to my knees

In the arms of an angel
Fly away from here
From this dark cold hotel room
And the endlessness that you fear
You are pulled from the wreckage
Of your silent reverie
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort there
You’re in the arms of the angel
May you find some comfort here

Jacky, o urso de Tallac (II)


Para os mais saudosistas fica aqui a letra da abertura:


Jacky, Jacky, corre mundo
Como é bom ser livre e feliz lá no fundo
Jacky, Jacky, come fruta
Com a barriga cheia está mais contente
E procura uma casita
Pois chega o Inverno e o frio já sente
Pouco a pouco, cai a neve
E um manto branco o bosque terá
Vem a noite, sente medo
Seus amigos dormem já
De manhã, nasce o sol
Todo o bosque despertará
Corre e salta o ursinho, sem nunca parar!

Musica : Guido & Maurizio De Angelis. (Philips 1978)

Jacky, o urso de Tallac

Andava eu a fazer umas pesquisas e eis que deparo com este incontornável marco da minha infância... Por muitos desenhos animados que tenham vindo posteriormente, nenhum, mas mesmo nenhum me tocou tanto quanto a história de "Jacky, o urso de Tallac"... Há coisas que nem o tempo consegue apagar!

Só tenho pena que a abertura esteja em castelhano, porque a versão portuguesa não ficava nada atrás, apesar da música e letra serem iguais...


A história que é bastante comovente, relata a amizade estabelecida entre Jacky e sua irmã Nuca com um menino índio, depois de Grizzly, a mãe destes ursinhos, ter sido abatida. Mais tarde acontece uma separação entre os ursinhos e o menino, e só no final da série é que há o reencontro entre estes amigos, para em seguida haver uma nova despedida... Desta vez, para sempre!

Ainda me lembro destes tempos, onde só havia dois canais e um deles só dava Tele-Escola e pouco mais e em horário super-reduzido. Os desenhos animados passavam na RTP1 e só às 13:00 de Domingo, pelo que dava para ir à missa às 11:00. Depois da missa, o ritual que se tornou quase uma tradição. O meu pai ia comprar o jornal dominical e a mim comprava-me uma ou duas carteirinhas de cromos do Jacky, conforme o meu comportamento semanal. Velhos tempos! Confesso ter ainda uma certa saudade desses tempos de inocência onde as crianças, apesar de terem menos do que as dos tempos actuais, eram mais ricas em desenvolvimento e sonhos.

Enfim... Sou da "Geração Heidi"!

Rui

A Menina da Trança... Que Passa



Quando caminhaste com a flor,
que junto à tua trança é mais flor,
é mais beleza, eu dei os dois passos
da vergonha, da timidez para a minha inocência.
Os rosados da minha cara eram maças
que ainda estavam verdes.
Eu não te conhecia, só te via passar,
e tu passavas, não te guardavas.
E eu, sozinho, no meu caminho
guardava em ti o meu olhar.
Queria que me visses em frente a ti,
a minha vontade não te desconhecia
e eu era um rapaz mais feliz, quando te via.
Não sei se não saltavas de alegria
para não deixares cair a flor
que trazias junto à tua trança.
Quando olhaste para a água do riacho
que passa à tua porta, tive a esperança
que visses aí o meu reflexo, o meu caminho,
em que se parasses e me olhasses
tudo em mim deixava de ser criança.

Susana

 
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