Escape - Craig Armstrong
no sorrow
never surrender
"Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram."
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
Soprado por Rui à(s) 21:51 2 fragrâncias
Etiquetas: Craig Armstrong
O AMOR EM VISITA
Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.
Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas -
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes.
Ele - imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor.
Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
(...)
In "Ou o Poema Contínuo" - Herberto Helder
Soprado por Rui à(s) 21:12 0 fragrâncias
Etiquetas: Herberto Helder
Soprado por Rui à(s) 21:06 4 fragrâncias
Etiquetas: Concertos, Ludovico Einaudi
Soprado por Rui à(s) 23:29 0 fragrâncias
Etiquetas: Holly Throsby
Soprado por Rui à(s) 10:36 2 fragrâncias
Etiquetas: Teolinda Gersão; R. Lima
Soprado por Rui à(s) 00:01 2 fragrâncias
Etiquetas: Amizade, Eugénio de Andrade, Parabéns
Soprado por Rui à(s) 23:55 2 fragrâncias
Etiquetas: Concertos, Holly Throsby, Música Indie
Soprado por Rui à(s) 21:44 0 fragrâncias
Etiquetas: Amazing Grace, Amizade, Happiness
"A maior parte das gaivotas não se preocupa em aprender mais do que os simples factos do voo - como ir da costa à comida e voltar. Para a maioria, o importante não é voar, mas comer. Para esta gaivota, contudo, o importante não era comer, mas voar. Antes de tudo o mais, Fernão Capelo Gaivota adorava voar..."
"Todo o vosso corpo, desde a ponta de uma asa, até à ponta da outra asa - costumava dizer Fernão -, não é mais do que o vosso próprio pensamento, numa forma que podem ver. Quebrem as correntes do pensamento e conseguirão quebrar as correntes do corpo..."
Soprado por Rui à(s) 11:10 2 fragrâncias
Etiquetas: Richard Bach
"Brinca comigo à procura
de uma estrela noutro céu
Brinca e lava a noite escura
com os sonhos que Deus te deu
Começa devagarinho
- por favor não tenhas medo
que o meu coração fez ninho
dentro do teu em segredo
Acorda os anjos que dormem
com a luz do teu sorriso
Faz com que não se conformem
e saiam do paraíso
Soprado por Rui à(s) 10:00 2 fragrâncias
Etiquetas: Fernando Pinto do Amaral
Soprado por Rui à(s) 00:18 5 fragrâncias
Etiquetas: Katie Melua, Lisa Ekdahl
Soprado por Rui à(s) 23:11 2 fragrâncias
Etiquetas: valter hugo mãe
Soprado por Rui à(s) 22:56 3 fragrâncias
Etiquetas: Benjamim Franklin, Liberdade, Segurança
Soprado por Rui à(s) 23:12 0 fragrâncias
Etiquetas: Currais, Gerês, Miguel Torga, Minho, Miradouros, PNPG, Trilhos Pedestres
O duo meio americano, meio francês, formado pelas irmãs Sierra e Bianca, está de regresso a Portugal para dois concertos. O primeiro é em Guimarães, no Centro Cultural Vila Flor e promete ser, no mínimo, imperdível.
Afastadas poucos anos após a nascença, quando os pais se separaram – cada um criou uma filha –, Bianca e Sierra Cassady reencontraram-se, em Paris, em 2003, altura em que formaram as CocoRosie. A dupla explora uma atmosfera difícil de definir, que vai do indie rock ao indie electrónico, passando pelo folk, blues e “dream pop”. O seu estilo é, sem dúvida, marcado pela exuberância. As vozes que nos parecem angelicais e inocentes camuflam o verdadeiro significado das letras que, na maioria dos casos, são pouco ingénuas.
Fonte: www.ccvf.pt
Soprado por Rui à(s) 00:28 0 fragrâncias
Etiquetas: CCVF, Cocorosie, Guimarães, Música Indie
Soprado por Rui à(s) 23:30 0 fragrâncias
Etiquetas: Águia do Sarilhão, Brufe, Gerês, Miguel Torga, Minho, PNPG, Terras de Bouro, Trilhos Pedestres, Vilarinho das Furnas
Soprado por Rui à(s) 18:12 0 fragrâncias
Etiquetas: Animais, Gerês, Minho, Mixões da Serra, Peneda, Ponte de Lima, Tradições
Soprado por Rui à(s) 21:52 2 fragrâncias
Etiquetas: Andrew Bird, Concertos
Soprado por Rui à(s) 23:18 0 fragrâncias
Etiquetas: Bleu, Juliette Binoche, Krzysztof Kieslowski, Zbigniew
Soprado por Rui à(s) 23:40 0 fragrâncias
Etiquetas: Alexandre O'Neil, Amália, Sónia Tavares, The Gift
Fui à Feira do Livro e... encontrei lá uma data de coisas estranhas!
Um gato perdido (ou diria que era uma espécie de gato?),
um rapaz que teima em falar sobre pessoas estranhas que vivem num bairro igualmente estranho (e cada vez mas lotado),
um senhor que vendia sonhos em forma de lâmpadas (seriam do Aladino?) e...
um outro que vendia tragédias e derrotas divertidas...!
Cereja em cima do bolo? Sim... Estava lá a águia Vitória... :-)
Soprado por Rui à(s) 01:08 2 fragrâncias
Etiquetas: Feira do Livro
Soprado por Rui à(s) 01:11 0 fragrâncias
Etiquetas: António Ramos Rosa
Soprado por Rui à(s) 00:30 3 fragrâncias
Etiquetas: Música Indie, Neil Hannon, Yann Tiersen
Eu canto para ti um mês de giestas
Um mês de morte e crescimento ó meu amigo
Como um cristal partindo-se plangente
No fundo da memória perturbada.
Eu canto para ti um mês onde começa a mágoa
E um coração poisado sobre a tua ausência
Eu canto um mês com lágrimas e sol o grave mês
Em que os mortos amados batem à porta do poema.
Porque tu me disseste quem em dera em Lisboa
Quem me dera me Maio depois morreste
Com Lisboa tão longe ó meu irmão tão breve
Que nunca mais acenderás no meu o teu cigarro.
Eu canto para ti Lisboa à tua espera
Teu nome escrito com ternura sobre as águas
E o teu retrato em cada rua onde não passas
Trazendo no sorriso a flor do mês de Maio.
Porque tu me disseste quem em dera em Maio
Porque te vi morrer eu canto para ti
Lisboa e o sol. Lisboa viúva (com lágrimas, com lágrimas)
Lisboa a tua espera ó meu irmão tão breve
Eu canto para ti Lisboa à tua espera...
Manuel Alegre /Adriano Correia de Oliveira
[Lembrando este dia]
Soprado por Rui à(s) 22:45 0 fragrâncias
Etiquetas: Adriano Correia de Oliveira, Amizade, Manuel Alegre, Saudade
Soprado por Rui à(s) 01:19 2 fragrâncias
Etiquetas: Sophia de Mello Breyner Andresen
Soprado por Rui à(s) 12:52 0 fragrâncias
Etiquetas: Eugénio de Andrade, Happiness
Não há uma realidade única, cabo. Há muitas realidades. Não há um mundo único. Há muitos mundos, e todos eles evoluem paralelamente uns aos outros, mundos e antimundos, mundos e mundos-sombra, e cada mundo é sonhado ou imaginado ou escrito por alguém num outro mundo. Cada mundo é a criação de uma mente. (...)
O real e o imaginado são um só. Os pensamentos são reais, mesmo quando pensamos em coisas irreais. Estrelas invisíveis, céu invisível. O som da minha respiração (…). Orações antes de adormecer, os rituais da infância, a gravidade da infância. Se eu morrer antes de acordar. Com que rapidez tudo se vai. Ontem uma criança, hoje um velho e, desde então até agora, quantas batidas de coração, quantos movimentos respiratórios, quantas palavras ditas e ouvidas? Alguém que toque em mim. Põe a tua mão no meu rosto e fala comigo…
In “Homem na Escuridão” – Paul Auster
Soprado por Rui à(s) 22:08 0 fragrâncias
Etiquetas: Paul Auster
Soprado por Rui à(s) 23:46 0 fragrâncias
Etiquetas: Fernando Pinto do Amaral
Soprado por Rui à(s) 20:40 0 fragrâncias
Etiquetas: Jon Anderson, Kitaro
Soprado por Rui à(s) 22:18 0 fragrâncias
Etiquetas: Animais, Arthur Schopenhauer, Austrália
Lusofonia
rapariga: s. f., fem. de rapaz; mulher nova; moça; menina; (Brasil), meretriz.
Escrevo um poema sobre a rapariga que está sentada
no café, em frente da chávena do café, enquanto
alisa os cabelos com a mão. Mas não posso escrever este
poema sobre essa rapariga porque, no brasil, a palavra
rapariga não quer dizer o que ela diz em portugal. Então,
terei de escrever a mulher nova do café, a jovem do café,
a menina do café, para que a reputação da pobre rapariga
que alisa os cabelos com a mão, num café de lisboa, não
fique estragada para sempre quando este poema atravessar o
atlântico para desembarcar no rio de Janeiro. E isto tudo
sem pensar em áfrica, porque aí lá terei
de escrever sobre a moça do café, para
evitar o tom demasiado continental da rapariga, que é
uma palavra que já me está a pôr com dores
de cabeça até porque, no fundo, a única coisa que eu queria
era escrever um poema sobre a rapariga do
café. A solução, então, é mudar de café, e limitar-me a
escrever um poema sobre aquele café onde nenhuma rapariga se
pode sentar à mesa porque só servem cafés ao balcão.
in "A Matéria do Poema" - Nuno Júdice
Soprado por Rui à(s) 23:17 0 fragrâncias
Etiquetas: Correntes D'Escritas, Nuno Júdice
Soprado por Rui à(s) 22:57 3 fragrâncias
Etiquetas: Amizade, Correntes D'Escritas
Soprado por Rui à(s) 23:17 0 fragrâncias
Etiquetas: Jorge Amado
Soprado por Rui à(s) 17:45 2 fragrâncias
“Um grito mudo ouvi, ecoando solto pelos vales do meu sonho (terá mesmo sido um sonho?), como grito de lamento que se perde como quem lança flores ao vento…Senti (ou pressenti) teu sofrimento, mesmo na distância física e temporal que nos separa! Sabes..., a vida não tem (mesmo) nada de simples! (já devias saber isso!) O bicho-homem gosta de complicar o que podia ser simples… como se a vida fosse um jogo da glória viciado em que se recua mais que se avança, em que se alguém joga limpo… recua, e se torna cínico… avança! Também eu tenho saudades doutros tempos… da idade da inocência, em que tudo era tão verdadeiro e tão puro (sim, até mesmo os sentimentos)!
Houve tempos em que também pensei que o meu caminho fosse mais fácil, e em alguns momentos fui-o sabendo escolher (ou pensando saber?), mas muitos mais momentos houveram em que tive de aceitar o único caminho que me restava… (na minha ingenuidade, de maneira diversa me iludira).
Sei agora que não é fácil… mesmo nada! (há atalhos na vida, que são tudo menos atalhos). Espoliado que fui, de alguns dos meus sonhos … fui reaprendendo a viver a vida com o "copo meio-cheio”, mantendo ainda a esperança inocente, quase louca, de um menino quando se apaixona pela primeira vez.”
in "Diários Dispersos" - R. Lima
[Por isso, a ti te digo… Coragem! Um "copo meio-cheio" é um pouco diferente de um "copo meio-vazio"! A diferença está na perspectiva que temos da vida.]
Soprado por Rui à(s) 22:18 2 fragrâncias
Soprado por Rui à(s) 22:04 0 fragrâncias
Etiquetas: valter hugo mãe
Soprado por Rui à(s) 14:11 0 fragrâncias
anda aí a circular na net um jogo bem invulgar, mas bastante "didáctico"... ;-)
ao que parece, os criadores do dito jogo, inspiraram-se no acontecimento histórico (pelo menos para mim passou a sê-lo) em que houve alguém com coragem para demonstrar ao maior prepotente do planeta, o que realmente pensa dele... :-D
vai daí... criou-se um joguinho bem engraçado... eheheh
mas a coisa mais curiosa deste jogo, é o facto de Portugal ocupar um respeitável 4º lugar mundial no arremesso do sapatinho (futura modalidade olímpica)...
o "zé tuga", zangado com o Menino Jesus por este não ter deixado muitos presentes no sapatinho na véspera de Natal, aproveita o dito cujo para praticar tiro ao alvo (metaforicamente falando)...
curioso ainda... é estarmos à frente de países como o Paquistão (12º); Irão (28º); Líbano (39º); Palestina (41º); Síria (45º); Iraque (84º); Líbia (90º), Afeganistão (118º)...
até tradicionais aliados americanos ocupam lugares respeitáveis no arremesso do sapatinho: Inglaterra (6º); Espanha (15º); Israel (48º)...
à nossa frente só brasileiros, americanos e turcos... quem diria...? eheheh
nem os criadores do jogo estão á nossa frente! mais um motivo de orgulho para este país!
isto há coisas mesmo engraçadas...
ps - não sou apologista da violência, mas que de vez em quando há quem mereça com um sapato na moleirinha... quem nunca teve essa vontade que atire a primeira pedra... ups!!! que atire o primeiro sapato!
Soprado por Rui à(s) 00:16 0 fragrâncias