“Um grito mudo ouvi, ecoando solto pelos vales do meu sonho (terá mesmo sido um sonho?), como grito de lamento que se perde como quem lança flores ao vento…Senti (ou pressenti) teu sofrimento, mesmo na distância física e temporal que nos separa! Sabes..., a vida não tem (mesmo) nada de simples! (já devias saber isso!) O bicho-homem gosta de complicar o que podia ser simples… como se a vida fosse um jogo da glória viciado em que se recua mais que se avança, em que se alguém joga limpo… recua, e se torna cínico… avança! Também eu tenho saudades doutros tempos… da idade da inocência, em que tudo era tão verdadeiro e tão puro (sim, até mesmo os sentimentos)!
Houve tempos em que também pensei que o meu caminho fosse mais fácil, e em alguns momentos fui-o sabendo escolher (ou pensando saber?), mas muitos mais momentos houveram em que tive de aceitar o único caminho que me restava… (na minha ingenuidade, de maneira diversa me iludira).
Sei agora que não é fácil… mesmo nada! (há atalhos na vida, que são tudo menos atalhos). Espoliado que fui, de alguns dos meus sonhos … fui reaprendendo a viver a vida com o "copo meio-cheio”, mantendo ainda a esperança inocente, quase louca, de um menino quando se apaixona pela primeira vez.”
in "Diários Dispersos" - R. Lima
[Por isso, a ti te digo… Coragem! Um "copo meio-cheio" é um pouco diferente de um "copo meio-vazio"! A diferença está na perspectiva que temos da vida.]
2 comentários:
:) "copo meio-cheio" e não o contrário! espero que estejas bem e obrigada pelas palavras...
beijocas *
:-)
sempre com a perspectiva do "copo meio-cheio"... não consigo ver a vida de outra forma!
e sim... está tudo bem comigo :-)
obrigado pela tua preocupação e quanto às "palavras"... não tens de quê! ;-) há sempre uma palavrinha...
beijocas para ti tb! ***
Enviar um comentário