Remembering
Bloody Sunday
30 de Janeiro de 1972
Fez ontem 35 anos que soldados do 1º Regimento de Paraquedistas do Exército Britânico abriram fogo sobre um grupo de manifestantes civis pacíficos e desarmados em Bogside,
A marcha de protesto pacífico com cerca de quinze mil manifestantes destinava-se a reclamar o respeito pelos direitos civis, contestando a lei conhecida como "Internment" (introduzida pelo governo britânico em 9 de Agosto de 1971), que permitia à polícia prender qualquer pessoa sem julgamento, desde que fosse suspeita de terrorismo. Veja-se a este propósito, o excelente filme In the Name of the Father (Em Nome do Pai) do realizador Jim Sheridan (1993).
Os manifestantes eram na sua maioria católicos que eram os principais visados pela nova lei, mas também havia protestantes, incluindo o organizador da manifestação, Ivan Cooper. Essa marcha era "ilegal" de acordo com as autoridades do governo britânico e decorreu de forma geralmente pacífica até chegar à zona de Bogside, onde um pequeno grupo de manifestantes insultou e apedrejou os militares britânicos que guardavam uma barricada. Os soldados – que tinham sido avisados para esperar provocações do IRA, incluindo ataques à bomba – atiraram a matar.
Este evento que ficou conhecido como "Domingo Sangrento" foi um ponto de mudança importante, na história da Irlanda, catapultando um incidente de menor conflito para uma guerra civil, conduzindo muitos jovens ao IRA, e fomentando um ciclo de 25 anos de violência.
Um primeiro inquérito, realizado logo em 1972, ilibou os militares e o governo de Londres de qualquer culpa, apesar das provas esmagadoras em como os soldados abriram fogo sobre civis desarmados. Uma segunda investigação foi aberta em 1998 pelo governo de Tony Blair e ainda decorre...
Para quem tiver um pouco de curiosidade sobre os acontecimentos ocorridos há 35 anos aconselho a ver o filme Bloody Sunday do realizador Paul Greengrass (2002).
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