Foto: Andres Leighton/Associated Press
quinta-feira, setembro 06, 2007
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"Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos. Atingirás assim o ponto supremo da abstenção sonhadora, onde os sentimentos se mesclam, os sentimentos se extravasam, as ideias se interpenetram."
Fernando Pessoa, in 'O Livro do Desassossego'
4 comentários:
Mas o que é que se passa com a Vida?
:-(
O tempo há-de curar todas estas dores...
Estes sinais só nos fazem (re)lembrar o quão finitos e (in)significantes nós somos perante a "lógica" da Vida!
O tempo cura... mas tal como cura tb nos vai fazendo esquecer quem parte. :-(
Caríssimo(a) Anónimo(a)
Em parte concordo contigo... (Permite-me o tratamento por "tu". Fica mais fácil.)
O tempo cura porque vai fazendo desenvolver um esquecimento gradual... Esquecemos primeiro alguns momentos de convivência, depois outros que foram mais marcantes, depois faz-nos esquecer o timbre da voz e por fim os traços da fisionomia... Acaba por ser a lei da vida! :-(
Mas por outro lado, sinto que quanto mais forte é a ligação afectiva a uma pessoa seja quais forem as formas do amor que sentimos por ela (Philia, Storgé, Eros ou Ágape), mais tarde chegará esse esquecimento.
Quem parte deixa sempre um legado e quanto mais rico for, mais tempo perdura, mais fortes são as lembranças.
Já dizia Camões nos Lusíadas:
"E aqueles que por obras valorosas
Se vão da lei da Morte libertando"
Obras valorosas podem ser tão só e simplesmente aquelas que nós construímos nas vidas do nosso Próximo...
Quem quer que tenhas perdido, certamente essa pessoa gostaria que te lembrasses dela pelos bons momentos que passaram em convivência... a menos que seja alguém que não conhecesses pessoalmente e que admirasses (Pavarotti), e que certamente gostaria de ser recordado pelas sua belíssima voz...
Uma pessoa só morre verdadeiramente, quando morre nos corações de todos os que a amaram!
Relembrá-la é fazê-la viver!
:-)
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