quarta-feira, maio 16, 2007

Novamente o amor...

Quando li este excerto, senti necessidade de o partilhar...

Estamos num mundo frenético, onde tudo é vivido a grande velocidade e onde o "amor" é vivido demasiadas vezes... de uma forma inconsequente e demasiado descomprometida...


"(...) O amor não sobrevive aos ritmos da nossa modernidade. O amor exige tempo e conhecimento. Exige, no fundo, o tempo e o conhecimento que a vida moderna de hoje não permite e, mais, não tolera: se podemos satisfazer todas as nossas necessidades materiais com uma ida ao shopping do bairro, exigimos dos outros igual eficácia. Os seres humanos são apenas produtos que usamos (ou recusamos) de acordo com as mais básicas conveniências. Procuramos continuamente e desesperamos continuamente porque confundimos o efêmero com o permanente, o material com o espiritual. A nossa frustração em encontrar o "amor verdadeiro" é apenas um clichê que esconde o essencial: o amor não é um produto que se compra para combinar com os móveis da sala. É uma arte que se cultiva. Profundamente. Demoradamente."

João Pereira Coutinho
In "Avenida Paulista"


Subscrevo as palavras do autor quando diz que "o amor é uma arte que se cultiva". Concordo em pleno. Hoje em dia já pouco se vive o amor "demoradamente" e muito menos "profundamente"...
Qualquer dia até se vende doses de amor em qualquer McDrive!!!

RC

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