sábado, maio 19, 2007

Adoçar a vida...



Um certo dia, a professora perguntou às crianças quem saberia explicar quem é Deus?

Uma das crianças levantou o braço e disse:
- Deus é o nosso pai, Ele fez a terra, o mar e tudo que está nela.
Fez-nos como filhos d'Ele.

A professora, querendo buscar mais respostas, foi mais longe:
- Como vocês sabem que Deus existe, se nunca O viram?


A sala ficou toda em silêncio... Pedro, um menino muito tímido, levantou as mãozinhas e disse:

- A minha mãe disse-me que Deus é como o açúcar no meu leite que ela faz todas as manhãs. Eu não vejo o açúcar que está dentro da caneca no meio do leite, mas se ela o tira, fica sem sabor.
Deus existe, e está sempre no meio de nós, só que não O vemos, mas se Ele sair de perto, nossa vida fica... sem sabor.

A professora sorriu, e disse:

- Muito bem Pedro, eu ensinei muitas coisas a vocês, mas tu ensinaste-me algo mais profundo que tudo o que eu já sabia. Eu agora sei que Deus é o nosso açúcar e que está todos os dias adoçando a nossa vida!


Deu-lhe um beijo e saiu surpresa com a resposta daquela criança.
A sabedoria não está no conhecimento, mas na vivência de DEUS em nossas vidas, pois teorias existem muitas, mas doçura como a de DEUS não existe ainda, nem mesmo nos melhores açúcares...

Tenha um bom dia e não se esqueça de colocar "AÇÚCAR" em sua vida...

COM MUITO CARINHO E MUITO AÇÚCAR.

quarta-feira, maio 16, 2007

Novamente o amor...

Quando li este excerto, senti necessidade de o partilhar...

Estamos num mundo frenético, onde tudo é vivido a grande velocidade e onde o "amor" é vivido demasiadas vezes... de uma forma inconsequente e demasiado descomprometida...


"(...) O amor não sobrevive aos ritmos da nossa modernidade. O amor exige tempo e conhecimento. Exige, no fundo, o tempo e o conhecimento que a vida moderna de hoje não permite e, mais, não tolera: se podemos satisfazer todas as nossas necessidades materiais com uma ida ao shopping do bairro, exigimos dos outros igual eficácia. Os seres humanos são apenas produtos que usamos (ou recusamos) de acordo com as mais básicas conveniências. Procuramos continuamente e desesperamos continuamente porque confundimos o efêmero com o permanente, o material com o espiritual. A nossa frustração em encontrar o "amor verdadeiro" é apenas um clichê que esconde o essencial: o amor não é um produto que se compra para combinar com os móveis da sala. É uma arte que se cultiva. Profundamente. Demoradamente."

João Pereira Coutinho
In "Avenida Paulista"


Subscrevo as palavras do autor quando diz que "o amor é uma arte que se cultiva". Concordo em pleno. Hoje em dia já pouco se vive o amor "demoradamente" e muito menos "profundamente"...
Qualquer dia até se vende doses de amor em qualquer McDrive!!!

RC

domingo, maio 13, 2007

O Amor

Há filmes verdadeiramente sublimes...
E há momentos desse filmes que nos marcam para uma vida inteira.
"Liberdade"... Palavra bonita e muito séria! Mas será que somos verdadeiramente livres? De fazermos o que queremos, como queremos e quando queremos?
A "solução" vem no fim do filme na forma de uma belíssima sinfonia... A rever...

Só há uma coisa que nos liberta... verdadeiramente...


Ainda que eu fale a língua dos anjos,
Se não tivesse amor,
Seria como o címbalo que retine.
Ainda que eu tivesse o dom da profecia,
O conhecimento de todos os mistérios
E de toda a ciência;
Ainda que eu tivesse tão grande fé,
A ponto de transportar montanhas,
Se não tivesse amor
Nada seria.

O amor é paciente,
O amor é prestativo,
Tudo espera
Tudo suporta.
O amor jamais perecerá.

As profecias desaparecerão
As línguas cessarão
E a ciência também desaparecerá
As profecias desaparecerão
As línguas cessarão
E a ciência também desaparecerá

Agora, portanto, permanecem
A fé, a esperança e o amor
A maior delas, porém
É o amor.
A maior delas, porém
É o amor.
A maior delas, porém
É o amor.


(adapt. de 1 Cor 13)

domingo, maio 06, 2007

Dia da Mãe

"Mãe com seus filhos"
(William-Adolphe Bouguereau - pintor francês)


“Pela sua maternidade, a mulher não entra apenas na história da vida; suscita a unidade familiar, impõe-se como força misteriosa na vida dos seus e, embora as genealogias antigas fixem o nome dos pais, a memória das mães é que se grava no íntimo”.

Muitas pessoas, coisa ou factos são recordados, ao longo do ano, em dia determinado. Nenhum, porém, atinge a dimensão e o relevo do dia consagrado à mãe.
Velhos e novos, criancinhas mesmo, comemoram esta data com aprazimento geral. E porquê?
Será o sentido da vida em cujo início a mulher ocupa um lugar preponderante e único? Voltarão à lembrança os inúmeros e desmedidos cuidados de que fomos objecto ao longo do nosso viver, sobretudo nos primeiros anos de existência? Teremos presentes os imensos sacrifícios, por vezes, bem dolorosos que as mães fizeram por nós?
Seja como for, mesmo o dia do Pai não impressiona tão profundamente, o coração dos humanos, embora todos saibamos quanto os progenitores se interessam e trabalham pela família.
Mas a ternura, o carinho, o aconchego das crianças, normalmente, pertencem à sensibilidade e doçura femininas e calam mais fundamente no coração dos pequeninos que jamais esquecem tamanhas provas de amor e afecto.
Além disso, na idade da busca de independência, quando o jovem nem a si próprio se compreende, a delicadeza materna encontra sempre meios de apaziguar e compor os melindres e ressentimentos, equilibrando as revoltas interiores e os relacionamentos externos. No coração das mães há sempre um lugar de compreensão mesmo quando a condescendência e a doçura são necessárias.
Pela sua maternidade, a mulher não entra apenas na história da vida; suscita a unidade familiar, impõe-se como força misteriosa na vida dos seus e, embora as genealogias antigas fixem o nome dos pais, a memória das mães é que se grava no íntimo.
Até no mundo antigo, onde se impunha, sobremaneira, a preponderância masculina e quase ficava esquecido o papel da mulher no mundo, o texto sagrado, ao demarcar a conduta humana, não esquece este nome: “Honra pai e mãe” e desdobra-o até nos escritos de profundidade sapiencial: “Quem honra sua mãe é semelhante àquele que acumula um tesouro”, a sugerir que as directrizes do futuro e a felicidade planeada assentam sobre o respeito e amizade dados a quem nos concebeu. Ao mesmo tempo, o sábio, mesmo quando os deveres são difíceis de cumprir, afirma ser a sua observância manancial de alegria e ventura interiores, a derramarem-se na existência: “Por teres suportado os defeitos de tua mãe, ser-te-á dada uma recompensa, a tua casa tornar-se-á próspera na justiça”.
Olhando para o futuro e para a possível realidade desta terra, pois o dia da mãe não é comemorado apenas para fazer a festa e tudo acabar de imediato, já o mestre da vida aconselha o apreço e a estima continuados, mesmo quando tudo se torna mais laborioso: “Não desprezes a tua mãe, quando envelhecer”.
A memória da mãe ou a sua presença enche-nos de contentamento, porque, embora possa ser menos bonita, ela possui um encanto único e aprazível, a deliciar-nos interiormente.
Daí a beleza consagrada da figura materna, já que belo é quanto nos agrada e satisfaz o nosso apetite. Ora a face mais olhada por nós, aquela que permanece dentro do coração como protótipo, através do qual recebemos a formosura feminina, é certamente a da mãe. Além disso, se as pessoas simpáticas nos atraem pelas suas qualidades ou jeitos, os familiares das nossas relações mais profundas permanecem dentro de nós em lugar mais afectuoso e notável.
O nome de mãe surge assim envolto no nosso próprio ser e existir, numa relação sem-par, porque emergente da realidade existencial de nós mesmos.
Que admirar a alegria do dia da mãe, se nos revemos no seu rosto?


Texto: Cunha Sério

 
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