quinta-feira, novembro 26, 2009
sábado, novembro 21, 2009
E peço ao vento: traz a lua inocente das urzes, um silêncio, uma palavra
O AMOR EM VISITA
Dai-me uma jovem mulher com sua harpa de sombra
e seu arbusto de sangue. Com ela
encantarei a noite.
Dai-me uma folha viva de erva, uma mulher.
Seus ombros beijarei, a pedra pequena
do sorriso de um momento.
Mulher quase incriada, mas com a gravidade
de dois seios, com o peso lúbrico e triste
da boca. Seus ombros beijarei.
Cantar? Longamente cantar,
Uma mulher com quem beber e morrer.
Quando fora se abrir o instinto da noite e uma ave
o atravessar trespassada por um grito marítimo
e o pão for invadido pelas ondas -
seu corpo arderá mansamente sob os meus olhos palpitantes.
Ele - imagem inacessível e casta de um certo pensamento
de alegria e de impudor.
Seu corpo arderá para mim
sobre um lençol mordido por flores com água.
(...)
In "Ou o Poema Contínuo" - Herberto Helder
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Etiquetas: Herberto Helder
terça-feira, novembro 03, 2009
"um abrilhantamento musical mais q brilhante" *
Soprado por Rui à(s) 21:06 4 fragrâncias
Etiquetas: Concertos, Ludovico Einaudi
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