domingo, outubro 25, 2009

would you?




"Would You?" - Holly Throsby

o silêncio

Rui C. (2009)

"O absurdo de tudo isso, disse Afonso, a paixão da paixão, a procura da procura, o desejo em último caso sem objecto, porque o seu objecto é o desejo e nada do que você conta, ou diz, ou sonha, existe, o medo do amor, disse ela, o medo que você tem de ir até ao limite de si próprio, de destruir tudo o que fica para trás e criar em seu lugar outra coisa,

Em que está a pensar? perguntou-lhe. Em nada, disse."

in "O silêncio" - Teolinda Gersão


Rui C. (2009)

“A ausência de sonho como alicerce de uma sociedade inteira, disse ela, uma sociedade sem desejos, sem paixão, e por isso ordenada, programada, bem adaptada ao seu próprio trilho, é preciso esmagar o desejo como forma de rotura, porque se de repente todos começassem a desejar, a imaginar, o mundo conhecido cairia por terra e entrar-se-ia noutro, diferente, e é essa possibilidade aterradora que é preciso esmagar a todo o custo, eu bem sei que seria perigoso, porque se de repente alguém dissesse: quem odiar a sua vida ao meio dia abra a janela e salte, toda a gente saltaria ao bater do meio dia e a rua ficaria de repente cheia de pessoas inadvertidamente mortas, mas por outro lado só quando se compreende que a alternativa é mudar a vida ou saltar da janela se adquire a exacta perspectiva das coisas.
em que está a pensar? perguntou-lhe. Em nada, disse."

in "O silêncio" - Teolinda Gersão


Rui C. (2009)

"a vida... sempre ela! repleta de indecisões, recomeços adiados, paixões reprimidas... inconfessadas!, de medos... de romper com o certo e trocá-lo pelo incerto (e quem sabe se...?). queria ter tido a coragem, mas... faltavam as palavras... sempre as palavras, as certas! não aquelas que preechem o silêncio quando não sabemos o que dizer... sempre fui mais dado ao silêncio, mas foi o silêncio que me matou."

in "diários dispersos" - R. Lima



Rui C. (2009)

quarta-feira, outubro 14, 2009

:-)


Se pudesse, coroava-te de rosas
neste dia -
de rosas brancas e de folhas verdes,
tão jovens como tu, minha alegria.

Terra onde os versos vão abrindo,
meu coração, não tem rosas para dar;
olhos meus, onde as águas vão subindo,
cerrai-vos, deixai de chorar.


in "As Mãos e os Frutos" - Eugénio de Andrade


parabéns!


terça-feira, outubro 13, 2009

I want to go where you go when you're gone


sweet Holly Throsby
in a little big concert

Rui C. (2009)


thanks a lot for your kindness

quinta-feira, outubro 01, 2009

:-)

na vida, não há longe nem distâncias...
para aqueles que mais amamos...

que as dificuldades que se sentem
se aplaquem no conforto da amizade e fraternidade...
:-)



parabéns!

 
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